Somos seres sociais e, constantemente, aproveitamos nossos relacionamentos e contato com outras pessoas para nos desenvolvermos através de experiências e aprendizados. No trabalho, esses momentos de troca ocorrem com naturalidade, às vezes sem percebermos, em reuniões e bate-papos, contribuindo para nosso autodesenvolvimento.
Mas ultimamente, o que tem ocorrido com a utilização excessiva de ferramentas, como o Zoom ou Slack, é a perda da espontaneidade em reuniões. Durante esses encontros os integrantes estão, cada vez mais, assumindo a posição de espectadores, dando pouco espaço para trocas e interações.
Quantas vezes você já não sentiu que uma intervenção sua poderia atrapalhar uma linha de raciocínio daquele que conduz a reunião ou simplesmente perdeu a oportunidade de contribuir com uma ideia por conta do delay ocasionado pela lentidão da sua internet?
Outro ponto, que chama a atenção, é que o afastamento do ambiente de trabalho torna mais difícil, mas não impossível, delimitar as barreiras entre a vida pessoal e profissional. A mistura e divisão de nossas responsabilidades entre esses dois âmbitos, que até hoje estavam separados em ambientes distintos, atualmente se concentram em um só lugar, dificultando nossa organização e gestão de tempo para cada uma das atividades, normalmente colocando uma em detrimento da outra.
Temos que prestar atenção e fazer alguns ajustes nessa rotina. O maior desafio agora é encontrar o equilíbrio para que o ciclo de criatividade e aprendizado entre equipes, que geram novas ideais e valor para o todo, não perca força. Manter nossas relações interpessoais ativas, não só de forma remota como também através de encontros presenciais, sempre que possível, trarão benefícios seja em nossa vida profissional quanto na pessoal.